GIRASSOL Quem de nós não gostaria, Num instante de magia, Ser igual ao girassol? Viver ao lado do Sol, Esquecer toda frieza Ao lado escuro da vida, Onde se encontra a tristeza... Sentir o brilho do Sol, Como sente o Girassol... Ser forte, indiferente, Mesmo só e tão contente... Como é o Girassol... Sem Sol, não tem Girassol... Ele se fecha, sucumbe... Porém, ao nascer do dia, Resplandece para o Sol, Razão da sua existência... E a gente não consegue Ao menos, um pouco sequer, Ser igual ao Girassol... Curvamo-nos para tantos, Ferimo-nos para muitos, Por aqueles que nos pisam, Embaçando nossos olhos, Impedindo encontrar O brilho esplêndido da vida... E, se buscarmos o sol, Mesmo em dia de verão, Não sentiremos na alma, Sua beleza infinita... A dor por vezes supera O anseio de esperar, O romper de um novo dia, O surgir de um novo Sol, Como espera o Girassol! Com ritual harmonioso, Nos jardins, campos, estradas, Desperta olhando os céus, Na busca eterna do sol, Resplandecendo para a vida, O solitário Girassol! (Ana Stoppa, Do livro Diagnóstico). Foto: Ana Stoppa,Girassóis de Torcello/Itália 07/2011) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 09/12/2010
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