Dissabores
Menino grande,
De olhos tristes, De riso falso, Viver precoce... A vida lhe deu Uma barra pesada; Você aceitou, Sem choro, sem nada... Infância precoce, Desajustes, desamores, Eu sinto menino grande, Amargas dissabores... Criativo, inteligente, Surpreende a tanta gente, Onde quer que você passe. Mas diga menino triste, Você é feliz de verdade? Quando busco em seus olhos, Algo bom, alegre, seguro, Sinto-o tão pequenino, Desprotegido, inseguro... Eu queria ter a força, Para dizer-lhe coisas puras, Mas sei você já não crê... Você é descrente de tudo, Apega-se a bens materiais, Como uma fuga infinita De esquecer, cada vez mais... Às vezes, e muitas vezes, Reside a felicidade Em se dar, sem nada ter... E, quando se têm tristezas, Desde a remota infância, Fica difícil, menino, Apagar traumas profundos, Esquecer os dissabores, A ausência do amigo, Seja no amor ou no perigo... Porém, nada é duradouro. Esqueça esta tristeza, Anule o fantasma da dor, Permita que, em sua vida, Se instale a felicidade, A paz cantada em versos Por poetas do universo, Buscando, a cada instante, A essência, vida em flor, Renascendo, a cada dia, Renascendo um grande amor! ( Do Livro DIagnóstico)
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 15/12/2010
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