A Roseira em Desespero Quatro rosas vermelhas Brotaram na roseira. Cinco rosas vermelhas Brotaram da roseira Da roseira... Ao todo, nove rosas Floresceram na roseira... Foram para outro Jardim... A roseira, sem rosas, Ficou sozinha. Amargou n’alma abandono E solidão... Suas folhas caíram, Os galhos lentamente Secaram... O solo árido consumiu a roseira... A esperança brotou Quando no jardim, O jardineiro chegou... Água, terra, sol, carinho... As rosas que brotaram Na roseira não apareceram... A roseira sem rosas, galhos, folhas... Na raiz havia vida. Surgiu o jardineiro, Fez sorrir a roseira... Não ouviu o jardineiro O pedido de socorro Da roseira em desespero... Arrancou-a. jogou-a Num canto terminal do jardim. A roseira morreu. As rosas vermelhas brotadas Da roseira, apareceram. Queriam injetar na roseira Um pouco de seiva recebida. Era tarde, muito tarde. A roseira estava morta. As rosas vermelhas Mataram a roseira. (Ana Stoppa, do Livro Diagnóstico) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 16/12/2010
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