As Mágoas que Brotam das Águas
Das águas torrenciais brotam mágoas.
Chuvas benditas para o seio da terra, Transformam o centro urbano em guerra. Desabrigo, indiferença ä dor, abandono. Projetos e vidas precocemente ceifados, Famílias abandonadas, desestruturadas. Perdem tudo - pertences, parentes, morada, Perdem a identidade, o lar, a dignidade. Desmoronamentos, sucessivos alagamentos. Promessas se repetem a todo momento. Passiva a população não tem para onde correr. A morte ronda, assombra,impõe o sofrer. A água que é vida também trás a morte. Quem decide pouco age, solução é miragem. A cidade um caos, lágrimas barragem. Quem decide, não escuta o lamento. Dos pobres desabrigados - sofrimento. Até quando esta gente laboriosa e sofrida Suportará o descaso pagando toda esta conta, Com a preciosa moeda, que tem o nome de VIDA? Até quando? ( Ana Stoppa)
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 11/01/2011
Alterado em 09/02/2011 Copyright © 2011. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |