Perder Um Amor
Perder Um Amor O telefone há tempo não toca, a espera totalmente inútil. Perdas e perdas, mil lágrimas, assim a vida torna-se fútil, Uma retrospectiva, muitas histórias para encontrar a razão, Do súbito abandono, da partida, do descarte da emoção. As cartas, os bilhetes , os presentes, as muitas dedicatórias. Os perfumes, o roupão, o leito, a mesa posta, o lugar vazio. Lentamente o relógio marca as horas, minuto s e segundos. Viver compulsório, escuro, triste, frio, desiludido, sombrio. Em vão a alma chora o fim do amor, sabe não haverá retorno, Reviradas as gavetas, lençóis amassados, abertas as portas, Despachados os sonhos de felicidade - viver um transtorno. Vida que se perde inerte, nula, embassada, subtraída, morta. Lembranças de intensos momentos de desejos vividos a dois. Carinhos doces que antecediam as desejadas noites de amor, Juras, as promessas, a entrega, o misturar, fundir, o delírio. Mentiras, dissimulações, desilusões, blefes,interesse, martírio. Raios de sol invade a janela do quarto frio na manhã de abril. Um novo dia cinza enfadonho, triste se mostra para ser vivido, Leito vazio, um lado arrumado apressa o levantar, a dor sutil. Rotineiro cansaço, desalento, vida estagnada no desinteresse. Perder um amor demoronar os sonhos tecidos para a vida Dor a singrar o peito em prantos diante da desatada ferida. Descortinar das carências, anseios, dolorosa e fria rotina. Alma desesperada a vagar na dor irremediavelmente perdida.
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 12/02/2011
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