Espelho da Solidão Um par de olhos nublados se debruçam no espelho, Buscam a alma desconecta a vagar fora dos trilhos. Essência da vida dispersa pulverizada em conflito, Solitários vivenciam estranho universo tom vermelho O que reflete o espelho não tem alma, sentimentos. Olhar perdido em desuso renúncia das sensações. Semblante desfigurado pintado na cor de cimento Sabor ocre do abandono a desafiar os lamentos Trajetória desfigurada alegoria da vida - azedume. O que foi um dia a vivo transmutou-se em miragem, Apagaram-se as vontades aflorou dor e nostalgia. Vida representada no palco chamado saudade. Máscaras caem do alto travestem a face acabada. Reluzente purpurina contrasta com o negro cetim. Esperada produção ilumina o viver trágico,genérico, Abandono mascarado no batom em tons vermelho. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 20/03/2011
Alterado em 20/03/2011 |