O Bailar das Borboletas
Dos casulos obscuros vertem as larvas preguiçosas Rejeitados invertebrados, divorciados da estética. Embrião de anjos alados para os jardins enfeitar, Na transmutação espetáculo, beleza a desabrochar. Bate o sol na verde mata, todos os casulos se abrem. Pequeninas, ágeis, e belas, borboletinhas despontam. No bailar efêmero da existência espetáculo multicor. Delicadas aquarelas adornam em cores a primavera. Raso raciocínio denota, a mera visão dos casulos. Avaliar aparências, emitir o parecer sem conhecer. Borboletas nascem das larvas, e preciso entender. Casulos escuros fechados, não comportam o viver. Avaliadas mil vidas na forma e nas aparências Casulos injustiçados, porta cerradas - clemência. Morte no calvário, viver imaginário dores, ausências. Borboletas, liberdade, vidas furtadas - sem anuência.... (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 31/03/2011
Alterado em 25/04/2011 |