Casinha Encantada
Já morei em uma casinha Pequenina e abençoada De onde a vida brindava Sem ter saudade de nada Minha casinha pequena Era simples e rudimentar Mais todos eram unidos Sabiam a vida festejar A água vinha das minas A luz de um candeeiro O chão de terra batida Teto aberto para o céu De manhã ao despertar Tinha o leite do curral Café coado no bule O pão do forno à lenha Da roça vinham as frutas A geléia e a marmelada O suco da cana madura O curau de milho verde Um riachinho encantado Ficava na parte dos fundos Ao redor muitos jardins E alguns pés de manacá Uma frondosa mangueira De lado as jabuticabeiras Faziam a sombra bendita Para o descanso da lida Aos domingos tinha missa Perto da minha casinha Depois quermesse e bingo Para alegrar as famílias Minha família era grande A vida brincava de roda Hoje muitos já se foram Ficou a dor da saudade Ficou na minha lembrança A mesa com toalha branca Onde a família se reunia Debaixo do pé de ameixas Hoje, vivencio a saudade Dos tempos de felicidade Quando a vida era simples Mais o amor uma verdade A minha casinha querida Derrubaram sem piedade Em seu lugar o concreto E no coração a saudade! (Ana Stoppa) Inspirado no tema da Poetisa Glorinha Casa de Palha e Capim Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 04/04/2011
Alterado em 07/04/2011 |