Frágil Coração
Ah! Tristonho coração que em frágil peito habita Mostras tons foscos aquarelados de melancolia Choras sem que percebam agruras da partida Vertes lágrimas nas ocas pedras da indiferença Gritar é inútil, ao redor massa amorfa de surdos Mãos longe do afeto risos neutros plastificados Tudo o que a vida descortina não aplaca o tédio Para a escuridão que te invade não há remédios Na palidez da noite nasce madrugada silenciosa Mais um dia entediante no frio silêncio desponta A melancolia penetra as gélidas frestas matinais Resta a canção do esvoaçar das antigas cortinas Espinhos pontiagudos árduo no repouso solitário O enfadonho despertar para seguir o frio calvário (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 07/04/2011
Alterado em 07/04/2011 |