Frias Madrugadas
Silêncio da noite, açoite das frias madrugadas Corpos desnudos a povoar espinhosos lençóis Vidas emaranhadas em aspirais tal qual caracóis Despojadas do amor amargam as dores caladas
Estático relógio, expectador do tempo e angústias Passos ocos, fantasmas povoadores da tormenta Surgem desafiadores das catacumbas esquecidas Em busca das almas tristes, envoltas no desamor
Trevas instalam-se na noite devoradora de estrelas Invadem toscas frestas úmidas no leito da donzela Eternizando profundo sono nos braços de Morfeu
Velas insensíveis velam a imposição do adormecer Diluindo as chamas do outrora interessante viver Vidas perdidas buscando as almas para renascer (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 09/04/2011
Alterado em 25/04/2011 |