Realejo da saudade De um tempo que vida existia Plangente canção apaixonada Memória opaca banhada em lágrimas Resquícios de dor e melancolia Cantar solitário e tristonho Emoções segregadas agregadas ao medo Desprovidas de afeto o carinho Loucos ecos de negra solidão Até quando pergunta a alma Na enxurrada incerta permeada de tristeza Embarcação desnorteada perdida esperança A procura de um distante porto inexistente Borbulhas de emoção Que teimam nascer em meio ao nada Histórias mal vividas, inacabadas Mascaradas de páginas viradas De um amor friamente descartado Maré ácida plena de amargura Ventos e luas cheias perdidos nas ruas Depressão de ondas gigantescas A invadir sem pena a alma apenada pela dor Espera do distante arco-íris para colorir o viver Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 02/05/2011
Alterado em 03/05/2011 |