Amargo Existir
Incontidos versos mistura-se na alma triste Anseia pedir alento apenas dizer que existe Abrir todas as janelas ainda que a chuva caia Desaguar mágoas, águas que se espraiam Incontido pranto sufocado em meio ao riso Viver sem nexo, à deriva no amor indeciso Braços dispersos inútil carinho armazenado Solitária vivência prova pesadelos acordada Cansaço imenso no buscar das esperanças Amarga constatação de tantas lembranças Vontade da alma se aninhar feito criança Busca desenfreada das razões para existir Demorada primavera, quimera da dor fugir Gosto ácido, tristeza a permear o existir. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 09/05/2011
Alterado em 09/05/2011 |