Dueto: Horas Vazias
Ana Stoppa/Sérgiomarcio
Ah! pálida madrugada fria e silenciosa Que indiferente espreita as vidas vazias Onde desfilam trágicos os sentimentos Sangrando a dor, nos solitários aposentos
E encontra-me a velar os tristes sonhos Na fugaz centelha de esperança finda Que na alma faz morada e me controla Levando o sono, que restava-me ainda
Inútil espera pelos fracos sinais de alento Tola imaginação a busca de parco afeto Pranto contido pelos abraços inexistentes Calvário vivido no mundo virado de costas
Porém, não vivo de perdidas esperanças Nem em cálices vertidos nas clausuras Pois, que deixo-te escolher o teu destino No silêncio destas chagas de amargura
Pulsam lentas, muitas horas, sempre vazias Subtraindo da alma restos disformes da paz Silêncio, a espera de um novo dia amanhecer Para talvez, assim, encontrar a razão do viver
Ainda que outrora, meu destino, tu fizestes E me tornastes prisioneiro em liberdade Prá poder clamar, por mim, neste desterro Como quem não viu passar, a fugaz mocidade Ana Stoppa// Sérgio Márcio Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 21/05/2011
Alterado em 21/05/2011 |