Cavalgar
Um corcel branco rompe espaço. Chama vaga em compassos. Ecos, gritos, murmúrios, Tudo retém o infinito... Uma estrela fecha espaço, Brilho excelso, incandescente, Escusado... Floresce prematuro o cruzeiro, No mundo, no Rio de Janeiro... Um homem cai no asfalto. As pessoas agitadas, No compasso rotineiro, No mundo, do Rio de Janeiro... As pessoas impassíveis, Duras, frias, conservadoras... Apagam logo a chama Que o homem deixa cuspir... Que chama desnecessária, Neste inferno abrasador. Por certo no inferno de Dante Não ardesse assim fortemente... O mar estronda na areia, Um murmúrio de tristeza... O Sol reluz sobre o mar, A brisa, as gaivotas... O Sol causticante, Indiferente suga a gota de vida, Que o homem deixa escapar... Abre-se a vala de terra árida. Engole o homem, farrapo de vida. Engole a vida, farrapo de homem... O Sol infinito, majestoso, Auto suficiente, solitário... Para que o amor desnecessário? Vaidade? Necessidade? Igualdade? Fraternidade? Ou... Exigência da Sociedade? ( Ana Stoppa, do Livro Diagnóstico). Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 27/05/2011
Alterado em 27/05/2011 |