Visto-me De Estrelas
Vez ou outra minha alma mostra-se sem cor No sei bem se é de saudade ou desamor Vez ou outra dá vontade da vida sair De cessar a procura dos sonhos e partir Vez ou outra meu coração emudece no peito Não sei se é dor ou lembrança do amor desfeito Vez ou outra não acho a menor graça na vida O silêncio chega de mansinho pede guarida Vez ou outra tenho vontade de desistir de tudo De aceitar as coisas como elas são no mundo Vez ou outra me pego pensando no nada Na tristeza que na minha alma faz morada Vez ou outra o sopro da brisa não me comove O brilho resplandescente do sol não me desperta Vez ou outra sou indiferente ao cantar dos pássaros Nenhum sentido faz a cristalina água do regaço No entanto, ao findar o dia comove-me a Ave Maria Arrastando a vida encontro forças para agradecer Enxugo as lágrimas ergo os olhos para o firmamento Visto-me de estrelas, oro a Deus em agradecimento (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 06/06/2011
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