Fantasia Da Alegria
Este profundo vazio no viver que visita minha alma Pinta a existência de cinza rouba-me a paz e a calma O dia amanhece tristonho com as cortinas cerradas Sensação de inutilidade de caminhar rumo ao nada Ainda que o sol venha iluminar todas as entranhas E o cantar dos passarinhos faça melodiosa sinfonia Sinto o coração escuro cambaleante na melancolia Olho para o firmamento vislumbro tédio, nostalgia As lágrimas encharcam rotineiras manhãs invernais Rosas amarelas desbotadas enfeitam a mesa vazia Outrora povoada de vida hoje permeada de agonia Velho relógio silencioso marca a hora da Ave Maria Pergunto ao tempo e a saudade para onde foi o amor Sem resposta sigo no escuro provando o gosto da dor Aceito calada a máscara da alegria imposta pela vida Fantasia do viver a transparecer felicidade incontida (Ana Stoppa, 13.06.2011) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 13/06/2011
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