Púrpureas Rosas
Purpúreas rosas adornam pálida cútis inerte Indiferentes ao teatro que ao redor se forma Contornos de falsidade, interesse deslavado Esperam baixar esquife, ávidos pelo bocado Repousa enfim, liberta do doloroso sufoco Mundo interesseiro, desmedidamente louco Prece não necessita, carregou a cruz em vida Experimentou ausências e desilusões na lida Despojada da disputa segue só novo caminho Alma aliviada término das tristes madrugadas Para vivenciar a felicidade negada no cotidiano Interesse desumano, vida em total xeque-mate Rosas orvalhadas adornam o instante terminal Delicados querubins, acolhem-na em luz afinal (Ana Stoppa, 17.06.2011) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 18/06/2011
Alterado em 25/01/2013 |