Folhas Mortas
Alma despedaçada cravejada de espinhos Solitária percorres os íngremes caminhos Insanos desejos de a primavera encontrar Quando as flores se recusam desabrochar Ecoam teus gritos nas tristes madrugadas Banhados no sal do pranto, da paz isolada Ouves apenas os ruídos das folhas mortas Sentes o gélido vento atravessar as portas Sorves estagnada a enxurrada da desilusão Cercada pelo gradil dilacerante da solidão Mergulhas na areia movediça frágil coração Sentes-te sufocada pelas lembranças fúteis Sobrevives teimosa aos árduos desajustes Entre os vultos tatuados do passado inútil. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 02/08/2011
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