Cortejo
Oculta sob a brancura do véu rendado Fina tez esmaecida de toque aveludado Lábios semiabertos esboçam um sorriso Nítida felicidade a conquista do paraíso Nas mãos o único bem em vida herdado O antigo rosário de pérolas desbotado Adornas indiferentes mãos entrelaçadas Ocultas sob as brancas luvas acetinadas Os sinos da capela repicam tristonhos Cerram o esquife e com ele os sonhos Pétalas amareladas salpicam o epílogo Ouve-se o barulho das pesadas cordas Que sem dó descem a urna envernizada Diante dos aplausos das faces mascaradas. Ana Stoppa
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 24/08/2011
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