Felicidade
Perdida na multidão esquecida pelo povo Caminha serenamente em busca de algo novo As pessoas apressadas passam desconfiadas Frias e indiferentes no outro lado da calçada A cena repetitiva adorna todas as manhãs Quando chega o entardecer surge o reviver Diminuem as pessoas pode se ver a senhora Que incansável caminha se perceber as horas Ninguém lhe dá atenção ainda assim ela fica Na esperança de abraçar quem a identifique Carrega consigo uma mala de arco íris pintada Vez ou outra a esquece lá no canto da calçada Fim de semana é festa ruas cheias de crianças Estas felizes saltitam abraçadas na esperança Buscam aquela senhora como um raro mimo Fazem estripulis cobrem-na de mil carinhos A senhora compartilha sonhos, doce magia Abre a mala encantada onde mora a alegria Presenteia as crianças, flores da esperança Mostra a casa do sorriso, encanta as crianças Logo percebe todos entoando belo canto Porém os adultos sisudos ignoram a bondade São as almas depressivas envolvidas pelo pranto Acomodadas no tédio desprezam o doce encanto Bem gostaria a senhora de dar-lhes um alento Uma palavra amiga para cessar os lamentos De gente grande sofrida distante da realidade. Que não consegue enxergar a Dona Felicidade (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 25/08/2011
Alterado em 25/08/2011 |