Vida Transitória
Almas tiritantes povoam tumbas cinzas Tétricas imagens envoltas na fria tarde Paisagem concreta despojadas do medo Destemidas ignoram obscuros segredos Liberdade a passear por entre as cruzes Enfim o resplandecer das brancas luzes Amontoam-se envoltas nas indiferenças Despidas da matéria presas na descrença Zombam dos mortais que não percebem A rapidez do final anunciado pelo tempo Desprezam a ironia dos falsos lamentos Aninhadas nos depósitos da eternidade Desvinculam-se de vez do poder ilusório Apressadas sepultam o existir transitório. Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 31/08/2011
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