Banho de Espuma Nada o contentava. Sentia uma necessidade enorme de ostentar. Com o dinheiro amealhado às custas de um trabalho que o impedia de desfrutar as coisas singelas da vida pode enfim construiu uma banheira faraônica. Adornou-a com ouro e prata. Tanto brilho acabou por cegar-lhe os olhos. Não percebeu o longo distanciamento das margens da simplicidade. Engoliu sem medidas as águas turvas do poder. Afogou-se na mais absoluta solidão. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 20/11/2011
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