Dalila, a Borboleta Solidária No pé de dálias rosadas Rodeado de graminhas Chegaram as borboletas Para fazer suas casinhas Passada a metamorfose Abriram-se os casulos Surgiram as borboletas Prateadas, verde escuro Ao todo nasceram três Dalila, Sibila e Inês Que voaram apressadas Para a roseira encarnada Sibila a mais vaidosa Quis construir um castelo Procurou então um canto No belo ipê amarelo Inês voou quietinha Apreciando as joaninhas Deu bom dia para o esquilo Foi morar perto do grilo Dalila sem pressa voou Para os fundos do jardim Viu chorando o jasmim E amarelado o alecrim Não podia acreditar Que num jardim tão florido Na parte dos fundos havia O verde que se perdia Procurou então ajuda Chamou a Dona Coruja Que veio toda contente Espalhar muitas sementes A minhoca Margarida Fez operação de guerra Chamou todas as amigas Para revolver a terra Totonho, um tatu moço Perfurou um grande poço Até que encontrou a mina De água pura, cristalina Uma fila de joaninhas Outra de tatuzinhos Correrem a terra cavar Para as plantas semear Eram tantas as sementes Que não se podia contar Dalila feliz coordenava A importante empreitada Passaram apenas três luas Era o mês de fevereiro O milagre da sementes Floriu o jardim por inteiro Com tanto verde morrendo Dalila fez uma assembléia Chamou até a abelha Rainha Da mais importante colméia Decidiram então cuidar Do pulmão deste planeta Fazendo muitos jardins Neste mundão sem fim Quanto ao verde que morria Nos fundos daquele jardim Hoje moram rosas, dálias, Camélias, cravos e jasmins Outros jardins tristonhos Esperam pela doce Dalila A Solidária borboleta Grande amiga do Planeta! (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 26/11/2011
Alterado em 04/11/2018 |