Perfume Envelhecido resta no frasco fosco Restos amilcarados de teu perfume A contrastar com as frias paredes Trágico cenário,alma presa na rede Sentimentos emaranhados no mofo Atolados na insana areia movediça Onde os dias teimosos os arrastam Saudade plangente que a dor atiça Sonhos inúteis expostos no presente Insuportável solidão do amor ausente Cachoeiras de pranto banham os dias Neste empurrar a vida entre a agonia Perfumados desejos florescem alheios Aplacados pela realidade que o levou Reviver diário das muitas lembranças Passagem obrigatória da esperança No aroma do ontem mora a saudade Na angústia do hoje pobre realidade Onde na morte diária do ágil tempo Flutua a alma no infindável tormento. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 17/02/2012
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