Tacho de Doce Na alquimia de tacho que a alma nos trás, quantas divagaçoes da vida que se desfaz. No ferver da calda espessa, Nas goiabas maduras sobre a mesa, restam bem poucas certezas, do amor da tal Tereza. Fervem os sentimentos aquecem o frio cimento, arrefecem os ornamentos cristalizados de medo. Segredos que se misturam no gosto intenso do mel, ainda assim guarda o amargo, as duras laranjas de fel. Não descuide a boa moça dos cuidados deste tacho, pois quando menos esperar rolam frutas no riacho. Risos falsos fervem logo, queimam a alma da doceira. Trincada a compoteira restam doces para pisar. Retalhos de doces momentos coberto de varejeiras escoam na tarde morna. Entorna tardio o tacho sobre as frescas uvas em cachos. Do vinho resta o vinagre, neste viver que é milagre!!!! (Ana Stoppa) Inspirado no Poema Tacho de Doce do querido Poeta Maurício Azevedo Leiam acessando o link abaixo. http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3501118 Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 22/02/2012
Alterado em 24/02/2012 |