Ana Stoppa - Escritas, Versos & Reversos

Se não puder alcançar as estrelas agradeça a Deus por vê-las. (Ana Stoppa)

Textos


circo1.jpg

Circo da Vida




Desolada a platéia,  assiste a tudo calada
Da colorida lona apenas os restos do nada
Derrocada da magia, cai o circo da alegria
Delicadas  bailarinas no bailar da nostalgia


Enlouquece o bilheteiro sem saber o paradeiro
Do brilho e da alegria que enfeitava o picadeiro
Cacos de espelhos cintilam sob o sol do meio dia
Desce a cortina do amor, nasce o cenário da dor


Da caixa de sonhos e magia agora só agonia
Chora o engolidor de fogo, o cantor e a atriz
Pobre das equilibristas agora no fim das lista
No trapézio da saudade a balançar por um triz


A florista desolada recolhe pétalas dos sonhos
Do pipoqueiro restou,  apenas o olhar tristonho
Bandeirinhas espalhadas na tristeza da calçada
A foca meio aturdida tenta alegrar a criançada


Vai-se o Sol, chega a noite no tapete de estrelas
Dormem na triste platéia artistas de toda gama
No manto sagrado escuro amontoados nos muros
Até descortinar o arrebol iluminando as ramas


Ramifica a esperança nos sorrisos dos palhaços
Tambores, clarinetes, malabares e tamboretes
Anunciam o novo marco, o circo não pode morrer
É preciso a união para estender as lonas da lida
Malabares e alegorias no circo chamado VIDA!








(Ana Stoppa)








Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 16/03/2012
Alterado em 13/04/2013


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras
Viver é bem mais que existir!