Circo da Vida Desolada a platéia, assiste a tudo calada Da colorida lona apenas os restos do nada Derrocada da magia, cai o circo da alegria Delicadas bailarinas no bailar da nostalgia Enlouquece o bilheteiro sem saber o paradeiro Do brilho e da alegria que enfeitava o picadeiro Cacos de espelhos cintilam sob o sol do meio dia Desce a cortina do amor, nasce o cenário da dor Da caixa de sonhos e magia agora só agonia Chora o engolidor de fogo, o cantor e a atriz Pobre das equilibristas agora no fim das lista No trapézio da saudade a balançar por um triz A florista desolada recolhe pétalas dos sonhos Do pipoqueiro restou, apenas o olhar tristonho Bandeirinhas espalhadas na tristeza da calçada A foca meio aturdida tenta alegrar a criançada Vai-se o Sol, chega a noite no tapete de estrelas Dormem na triste platéia artistas de toda gama No manto sagrado escuro amontoados nos muros Até descortinar o arrebol iluminando as ramas Ramifica a esperança nos sorrisos dos palhaços Tambores, clarinetes, malabares e tamboretes Anunciam o novo marco, o circo não pode morrer É preciso a união para estender as lonas da lida Malabares e alegorias no circo chamado VIDA! (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 16/03/2012
Alterado em 13/04/2013 |