As Flores de Clara Rosa No coração do jardim Nasceu uma linda flor Nem se sabe quem plantou A flor que desabrochou! Suas pétalas aveludadas Tingidas de doce carmim Faziam a flor mais bela Daquele imenso jardim Não era rosa ou cravo Margarida ou jasmim Muito menos onze horas A flor que era cor de amora As folhas eram verdinhas Macias de se tocar O caule bem delicado Fácil de se quebrar A menina Clara Rosa Cuidou da flor toda prosa Na esperança de a colher No orvalhar do amanhecer Imaginou a alegria Que daria para a mamãe Ao entregar-lhe a flor Perfumada de amor Preparou um belo vaso Pintado na cor do ocaso Colocou água fresquinha E todo o amor que tinha Quando amanheceu o dia Saiu cheia de alegria Apanhou a flor com carinho Colocando-a no vasinho Percebeu que entre os caules Dezenas delas brotaram O coração do jardim Ficou todo tom carmim Assim todas as manhãs Colhia as flores fresquinhas Perfumadas de alegria Que a mamãe presenteava O afeto multiplicado Carinho, paz e harmonia Que o tempo carregava Na pressa do amanhã Marcara os sonhos a flor Momentos de felicidade Ternura, amor e amizade Perfume da eternidade Tornou-se moça a menina Nas manhãs de claridade Compreendeu que cultivara A flor da eterna saudade. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 19/04/2012
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