O Voar Das Borboletas Passa o tempo na janela Carrega consigo o ontem Passos longos apressados Desligado dos compassos Passa apressada a vida Páginas rasgadas doridas Entremeadas de amor Por vezes de dissabor Passa o ideal dos sonhos Impossíveis de concretizar Passam as dores da ilusão Que maltratam o coração Passa a dor da ausência O silêncio das paredes A neblina da saudade As enxurradas do medo Passa o luto da partida As perdas e desenganos A nostalgia prematura A desmedida loucura Passa a primavera Faz cinza o amanhecer Passa o tristonho tédio A angústia sem remédio Passa a paz do oceano A brisa da esperança As ondas de felicidade Só não passa a saudade Passa enfim a vida assim Passos longos apressados Nos jogos de mil roletas No voar das borboletas. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 20/04/2012
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