Ana Stoppa - Escritas, Versos & Reversos

Se não puder alcançar as estrelas agradeça a Deus por vê-las. (Ana Stoppa)

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Ciranda da Conscientização - Diga Não ao Trabalho Infantil - Infância Roubada - Alusiva ao Dia do Trabalhador  - 01 de Maio - Prazo 31.05.2012 - Aberta Para Todos Os Recantistas.  Encerrada.




Infância Roubada


Vejo a infância roubada
Diante do labor precoce
Vidas tenras subjugadas
Da dignidade  afastadas
 
Vejo meninos carvoeiros
Enxugar salgadas lágrimas
Sufocados na fumaça
Dos clandestinos fornos
 
Vejo  máscaras  negras
Dos requícios de carvão
Tingir dos meninos a face
Dor, covardia e  opressão
 
Vejo o trabalho infantil
Campear Brasil a dentro
Aliciando os pequeninos
Amargando-lhes o destino
 
Vejo o suco da fruta
Que a vitamina esbanja
Amarelar os meninos
Na colheita da laranja
 
Vejo a vida em debate
Explorando os meninos
Nas colheitas do cacau
Para fazer  o chocolate
 
Vejo  a miséria e a dor
Arrastar vidas precoces
Para os becos da solidão
Na  lama da prostituição
 
Vejo meninos perdidos
Nos semáforos das vias
Divorciados da alegria
Esmolando todos os dias
 
Vejo o descaso das portas
Emperradas pelos trincos
Nas indiferenças veladas
Por esta gente segregada
 
Vejo   pais desesperados
E a  esperança dormente
No berço da indiferença
O fenecer da consciência
 
Vejo  a morte prematura
A supressão da  saúde
Arrastar corpos precoces
Para a frieza dos ataúdes
 
Vejo anjos que pranteiam
Nos mais distantes rincões
Obrigados a trabalhar
Em precárias condições
 
Vejo os meninos sonhar
Com saúde e brinquedos
Para acordar tristonhos
Na  opressão e no medo
 
Vejo meninos que gritam
Pedindo amor e carinho
Vejo os  meninos jogados
Nos frios becos sozinhos
 
Vejo  o gato atravessador
Arrebatar muitos meninos
Do seio das pobres famílias
Para roubar-lhes o destino
 
Vejo os carvões do medo
O ácido do sumo da vida
Escurecer o infinito  anil
Na dor do labor infantil.


(Ana Stoppa)


Ana Stoppa cirandando com:


02. 30/04/2012 22:46 - Danusalmeida


Pode ser uma trovinha?

Vejo a infância roubada
Nos canaviais da planície
Sem futuro, sem nada
Política da "mesmice"!

Bjs e parabéns!


03. 01/05/2012 10:41 - Christiano Nunes

GRAÇAS AO TRABALHO

Sou a favor do trabalho
Aprendê-lo ainda criança
Diminuirá a criminalidade
Acrescentando mais esperança. 

Graças ao trabalho
Hoje sou o que sou 
Considero-me trabalhador honrado
Como homem de bem aqui estou. 

Sou contra a exploração
A criança tem que brincar
Mas junto com o trabalho
 Deve ela estudar. 

Sou contra que as explorem
Mas que saibam dividir
Sou contra a vadiagem
Pois  pode ser um triste porvir.

Aí está minha participação.
Sou a favor do trabalho infantil, desde
que seja conciliada o estudo e o lazer.
Meninos desocupados aprendem a usar
drogas e a praticar pequenos furtos.
Bjs Chris




04. 01/05/2012 13:59 - Adria Comparini
 
INFÂNCIA DIRECIONADA

Adria T C Comparini

Precisamos mudar a realidade
Dar a todas as nossas crianças
Uma infância alegre e amparada.

Abrir para elas uma linda estrada.

A Educação é a única forma
Dois períodos de internação
De manhã estudo, á tarde recreação
Sempre com muito carinho e atenção

Nosso governo tem condições
De fazer esta radical mudança
É só direcionar uma verba maior
Investir no futuro com muito amor.

Retirando os menores das ruas
Obrigando todos a estudar
Formar mais casas-abrigo
Como se fossem um novo lar.

Nosso Brasil tão amado
Precisa ser reformado
Não é só com o futebol
Que se faz um povo abençoado!




05. 01/05/2012 21:14 - Lucy Mara Mansanaris
 
Ana, minha querida, que linda ciranda, tentarei algo, estou sozinha com a Vi, mas vou descrever um pouquinho das crianças de rua.

FILHOS DO RELENTO

Tão pequeninas mãos e já tem calos
Do peso da vida que sufoca os seus
sonhos
Abortada a infância de mais uma criança
E roubadas foram as suas esperanças.

Tanta luta para garantir um pão
E alimentar o corpo para mais trabalho
Enquanto no peito o vazio da existência
Lamenta toda a ausência de sua essência.

Deus tirou um pedacinho de Si próprio
E a este, deu o nome de Criança
E dividiu com o homem tão rico presente
O homem desconhecendo tanta grandeza
Tenta fazer do pedacinho de Deus, um indigente.

 MINHA QUERIDA AMIGA, ESPERO QUE TENHA GOSTADO. ENORME APRENDIZADO TE LER! BEIJOS CHEIOS DE CARINHO E AMOR, LU.


06. 02/05/2012 00:34 - CRISTAL A POETISA

Pobre crianças ...
corações sem esperanças...
Trocam -se brinquedinhos...
por drogas em cachimbinhos ...
pobres meninos...
filhos da desunião ...
de pais separados ...
que se rendem a uma prisão ...


07. 02/05/2012 10:02 - Silvanio Alves

 
A escola que semeia esperança

Deve ser o ofício das crianças

Nela, ele aprende as diferenças

Estudar é o trabalho que compensa.

Eis a minha contribuição, poetisa!!



08. 02/05/2012 10:27 - MAURICIO DE AZEVEDO
 
TODA INFÂNCIA É DIVINA

O ANJINHO FOI TRABALHAR
NAS PEDREIRAS, NOS ALGODOAIS
SUAS ASAS FORAM CORTADAS
PARA NA INFÂNCIA NÃO MAIS VOAR
SUAS LÁGRIMAS FORAM USADAS
PARA A TERRA ASSIM GERMINAR
O CORPO PEQUENO; PORTO DE ENXADAS E PÁS
O RISO INGENUO, CASEBRE DA SORTE MÁ
O ENCANTO DO SOM DA RODA
O BRINQUEDO LINDO DA MODA
FORAM TIRADOS DE SUAS MÃOS
SEM PENA,SEM REMORSO, SEM COMPAIXÃO
OS DIAS NA TERRA FIZERAM-SE CINZAS
O SOL ESTRANHAMMENTE VERMELHO
OS HOMENS FICARAM CEGOS
DEUS DESTRUIU OS SEUS LEGOS
NÃO ERA A SUA INTENÇÃO
CRIAR OS SEUS ANJINHOS
MENINOS E MENINAS, LINDOS
PARA OS MONSTROS DA EXPLORAÇÃO
NÃO ERA A PENA CALCULADA
O PECADO DE EVA, A DANADA
CHEGAR ATÉ AQUELAS CRIANÇAS TÃO AMADAS
FAZENDO SUMIR NAS VIS MOEDAS
A DOCE INFANCIA ROUBADA
DEUS DECRETOU SER CRUEL
INFAME, MEDONHA, ASSASINA
TODA A SAGA ONFELIZ QUE FURTE
A BELA INFANCIA DIVINA.

ANA, ESTOU AS VOLTAS COM A MINHA CONSTRUÇÃO E COM POUCO TEMPO....VIREI LER TE MUITO...PARABÉNS PELA CIRANDA BELISSIMA, COMO SEMPRE...GRATO A TI PELO CONVITE...DE TUA ALMA DOCE E GENEROSA. FICA COM DEUS.



09. 02/05/2012 20:50 - gajocosta
 
Há tanta gente vil
Provocando tanta dor
Explorando trabalho infantil
Meu Deus, que horror, que desamor!

Tanta criança carente
Cuja infância foi roubada
Tratadas tal qual indigentes
Sem presente, sem futuro, sem nada!

Um grande abraço, Ana e parabéns por
esta ciranda de sensibilização a tão
aviltante problema social. José


10. 03/05/2012 12:44 - Isis Dumont
Olá, querida e linda poeta Ana Stoppa, BOA TARDE!!!
Agradeço sua visita ilustre e tão gentil comentário em meu texto.
Muito grata pelo convite que muito me "envaidece".
Vou tentar fazer minha Interação,
espero fique do seu agrado:

"Me Diz Que Não é Verdade"

"Poeta, me diz que não é verdade
Que em meu país há trabalho infantil.
Me diz que a Justiça aqui proíbe isso
E que a sociedade não aceita
Essa atitude covarde, desumana e tão vil.

Poeta, me diz que nesse país
A sociedade fez justiça aos inocentes. 
A Legislação segue à risca seu dever
De nossas crianças e adolescentes proteger.

Poeta, me diz que isso é teatro
Que esses olhos tristes não são verdadeiros
Que essas lágrimas de dores e feridas abertas... Faz parte do figurino, porque
Eles ensaiaram e apresentam uma peça.

Poeta, me diz que isso é um sonho
Que nossos meninos e meninas
Tem seus direitos respeitados
Todos estudam, brincam, sonham e são felizes
Amparados pela família e pelo Estado".

Um beijo de paz, querida poetisa. Isis Dumont


11. 03/05/2012 12:45 - Maria Jose

A exploração do trabalho infantil
está no mundo inteiro
mas aqui no nosso Brasil
é de janeiro a janeiro!

Sem escola o ano inteiro
seu salário é a escuridão
porque nunca vê o dinheiro
morre a esperança no coração!

Se não fosse a corrupção
toda criança estaria
estudando e em toda a nação
de fome, ninguem morreria!

Ana vc lembrou bem essa situação em tua ciranda,embora não sei cirandar deixo aqui
o meu pensamento...Bjs Paz e luz!



03/05/2012 23:04 - REGINA PESSOA
 
Como sempre Aninha tuas cirandas são fantasticas e teus belos versos são muito inspiradores deixando tua pagina adorável
de se ler, aqui vai minha humilde contribuição, bem curtinha:

Quem me dera um dia poder ver

Todas as crianças na escola

E prisão para quem às explora

bjs de luz

06/05/2012 18:42 - HICS

Prezadíssima jovem MESTRA vizinha doutora poetisa/escritora Ana Stoppa!...
Desculpo-me mais uma vez pelo atraso nesta participação...
Como 'fui perdoado', ouso contribuir com este meu humilde trabalho...
Espero não destoar dentre os excepcionais textos já fornecidos e postados... Aqui vai: 

NO LIXÃO, TRISTE CONSTATAÇÃO!

Inacreditável tamanha crueldade
Sagazes, ziguezagueiam por entre detritos
Alguns doentes, todos sujos e até nus
Desprezados, humilhados, quanta maldade.

Ao invés de crianças, são proscritos
Não parecem humanos, estão mais para urubus!
O Criador dedicou-lhes especial atenção
Deixai vir a mim as criancinhas
Esta foi sua entonação.

O homem vil, nas entrelinhas
Endureceu seu querer, endureceu seu coração!

Parabéns, mais uma vez pela grandeza da iniciativa..... Abçs...
Tudo de bom SEMPRE, fiquem com Deus
SEMPRE e,..., até de  repente!



07/05/2012 11:03 - Nina Costa
Eu sou criança

Eu sou criança... você não sabe?
Tenho alma de criança, corpo e força infantil
Pés pequenos, corpo pequeno e sonhos grandes
Mas você quer aniquilar minhas asas
Tolher meu voo
Explorar minha existência.

Eu preciso de alimentação adequada para
crescer forte e com saude
Eu preciso de escolas onde possa ir e
apreender boas lições
Eu preciso de um lar equilibrado para,
sentindo-me amada e segura, seja um
adulto melhor do que você que me explora.

Mas você não sabe de nada dessas coisas.

Você não sente a fadiga do meu corpo
quando termina o dia
E eu, pelo esforço físico além do que devia
Durmo com fome e sem esperanças
Você não sabe e não quer saber.

Pouco lhe importa a minha idade,
se vou crescer ou se vou morrer ainda
pequeno, meu trabalho infantil,
Que lhe sai a pouco custo, é o que interessa

Se eu caio, se adoeço ou morro de exaustão,
Outros iguais a mim virão,

Porque a miséria que assola minha família
E de muitos outros brasileirinhos espalhados\ por nosso território
Produzirá outros escravinhos iguais a mim
Sem carta de alforria
Sem olhos de ninguém para me libertar.

Por isso, meu suor escorre pela faca
Minha esperança se esvai junto com ele.

Espero que um dia você se lembre
Que eu sou criança.

Beijos!!! Nina Costa















 






 


 





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 30/04/2012
Alterado em 11/06/2012


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