Catador de Sonhos
Cato os sonhos espalhados As lembranças esmaecidas A dor da esperança perdida A nostalgia amarga despida Cato espinhos da melancolia O ácido gosto de um adeus As penas das surdas preces A angústia que a paz fenece Cato as vertentes lágrimas As espadas dos guerreiros As balas perdidas do medo O temor dos mil segredos Cato os ecos e tormentos Os lamentos dos escravos A segregação do inocente A tristeza dos indigentes Cato os amores perdidos Os planos despedaçados A seca no manso regaço A opressão dos fracassos Cato a noite, cato o vento A água dos rios e mares Os amores de juras eternas A pouca água das cisternas Cato os beijos enamorados Os tristes amores findados Os corações apaixonados Os panos do circo velado Cato a vida, cato os dias Cato os encantamentos A leveza dos pensamentos Os riachos dos tormentos Cato as moças sonhadoras As meninas das esquinas Os boêmios mal amados Os passos das bailarinas Cato o som das sinfonias A magia de cada instante A escuridão dos diamantes A insegurança dos amantes Cato os amores findados As dolorosas partidas O choro dos ignorados Os amores inacabados Cato os instantes de paz A beleza do amanhecer O orvalhar que cintila A branca lua que brilha Cato as estrelas cadentes Os corações dormentes As nuvens azuis e brancas O Sol que de luz encanta Cato seus dias sem pena Destemido dos lamentos Atente que as vidas cato No deslindar de mil atos Palco etéreo da existência Cato preciosos segundos Do nobre e do vagabundo Desde o iniciar do mundo Ação que voraz descortino Cato dos homens o destino Ignoro os divinos templos O Senhor me fez O Tempo! (Ana Stoppa) Imagem, Ana Stoppa, Jardin desTulleries,Paris. Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 05/05/2012
Alterado em 06/05/2012 |