Ato Final
Úmidas catacumbas, morada dos sonhos Templo dos vultos tétricos e enfadonhos Descarte final, existir efêmero e triste Senhores poderosos com dedos em riste Na terra fria soterradas a intensa agonia Possuídas almas entrelaçadas na hipocrisia Rosários inúteis, infinitas orações tardias Passados os sacros períodos das liturgias No desintegrar acelerado da vil matéria Vermes apressados corroem as artérias Enlouquecidos cospem lamúrias e miséria Emaranhados de pós e ossos em contenda Imponência, ouro, a morte não os sustenta Almas errantes encalhadas nas tormentas. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 15/05/2012
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