Fome De Afeto Ensandecida esta fome voraz de afeto Revelada entre as paredes de concreto Nas estáticas madrugadas silenciosas Calando nas entranhas da alma a prosa Insuportáveis abraços perdidos no vazio Dispersos nas horas mortas do passado Entre o sal das lágrimas, denso oceano Derrocada imprevista dos muitos planos Ecos sobrevoam a mente abandonada Desolada diante dos sonhos na calçada Quando se percebe na dolorosa agonia De viver no cotidiano a escura nostalgia Pobres sonhos prematuramente mortos E pensar que tão pouco eram os desejos Bastaria apenas um único e sincero beijo Para cessar a solidão que corta os ossos Fome exagerada de serenidade e carinho Cansaço diante dos sistemáticos espinhos Abissal do existir,triste vala da realidade Vis metais impiedosos sepultam a verdade. (Ana Stoppa) http://www.youtube.com/watch?v=Es3sgwyV--o Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 17/05/2012
Alterado em 17/05/2012 |