Amores Esparramados Embaraçados caminhos Desalinhados destinos Desatinos desvairados Desejos inacabados Vertem vidas nas clareiras Quando acorda a esperança Vem a menina de tranças Com o destino traçado Desatam os nós dos limites Nos gritos perdidos na noite Açoite que fere a fera Enjaulada nos disfarces Ao tempo que todo o tempo Vive a expelir os lamentos Lamúrias ecoam ao vento Onde bailam as gaivotas Distantes dos negros abutres Perdidos nas trevas do ontem Embaraçam as borboletas Retidas nas frias teias Caminhos sem volta à vida Desalinhados suplícios Destino que trás a morte Desatinos esparramados Na tal roleta da sorte Esvaem os loucos sonhos Desvairados sentimentos Inacabadas vontades Sufocadas sem alardes Nos disfarces do viver Desejo de amanhecer Sobre o tapete da relva Distante da dura selva Emaranhada de medos Sufocado o coração Nas ruelas da saudade Realidade, dualidade Vida e Morte Roleta que o tempo domina Temporal que alucina Vida e Morte Rol, rocas, roletas, rolos Tosco consolo Esperança de costas Dor - vencidos, vencedor Dicotomia do amor Suor que verte o sangue Dos amores esparramados Alucinados desejos Neste existir de costas Nesta inglória disputa Onde ninguém vence a luta Muito menos as apostas Roleta que o tempo domina Temporal que alucina... (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 28/05/2012
Alterado em 28/05/2012 |