Vire de Vez A Mesa
Junte os cacos e os trapos A dor das tristes lembranças O pranto que banha o vazio O silêncio do abandono Os espinhos do existir A carência dos abraços Tudo o que te impede sorrir O amargo da saudade As dobras e asperezas E de uma vez por todas Entenda que a vida e curta Jamais se esquive da luta Do que restar em teu peito Desenhe um sonho perfeito Rebordado de esperanças Envolto em paz e firmeza Vire de vez esta mesa! Dos cacos faça mosaicos Obras de arte e ternura A dor transmute em amor O pranto transmute em oceano Construa o porto dos planos Transmute o silêncio em canto Entoe sinfonias de paz Esqueça o que está lá atrás Sempre haverá a primavera Despreze a dor dos espinhos Perceba de Deus o carinho Os abraços que te faltam Supra com solidariedade Tantos precisam dos teus Que faz irrelevante o adeus Aprenda que a saudade Só existe para quem vive As tristes arquive no ontem Sem retornar para a página Fique somente com aquelas Que te tragam a alegria Porque viver é magia Quanto as pedras encontradas No transcorrer da jornada Aprenda que a força bruta Jamais vencerá a disputa Deus te fez um ser perfeito Tens um coração no peito Relicário da esperança Tens o pulsar da vida A cura para as feridas O bálsamo que acalma as dores Perfume de muitas flores Acorde para o hoje Porque a vida é agora Descarte o pessimismo Admire, a vida é beleza! Vire de vez tua mesa! (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 10/06/2012
Alterado em 13/02/2013 |