Lua Cheia
Banhou-se de lua cheia Fartou-se de ilusão Soprou estrelas cadentes Ópio da alma demente Arrebentou as correntes Vestidas de tédio e dor Sob a luz da lua cheia Arrastou triste o hoje Atracou na dor do ontem Expectro de amargura Loucura que a alma inflama Vazio que rasga o peito Sem jeito de costurar Cruzam cadentes estrelas Sob a luz da lua cheia Repleta de agonia Rasga a alma silenciosa Ócio que traça a mesmice De um existir paralelo Do coração no prelo Rudes farpas aramadas Arremedos de piedade Dor que a alma permeia Sob a luz da lua cheia. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 07/07/2012
Alterado em 13/02/2013 |