Neblina Aquecida a triste solidão No leito, as tuas lembranças Retrato da existência viva Alma acordada sentida Apago a luz da agonia Da tristeza que me invade Para acender a saudade Do que foi felicidade Pingos d'água na janela Onde floriram as camélias Ao lado da velha floreira Que ficou pra vida inteira O balido das ovelhas Aconchegadas no estábulo Rompe no peito obstáculos Faz-se o pranto desmedido Sob o cinza da neblina Inútil estrelas buscar Coração portas emperra Na insanidade da guerra Sentimentos espalhados Nas areias da loucura Mesmice voltar ao ontem Confuso o novo horizonte Mar de tédio sem remédio Banhado no rio de lágrimas Rotina que ronda a alma No passado acorrentada. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 12/07/2012
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