Meu pai, Delphino Stoppa
nasceu em Piracicaba/SP aos 20.02.24). Faleceu em Mauá/SP em 03.07.1994. Foto, 17.07.1976 ( Pai, eterna saudade!).
Pai, Quanta Falta Você Nos Faz!
Nas lembranças que povoam minha história Páginas escritas nesta etérea trajetória Amarelados se mostram os antigos retratos não raras vezes emoldurados de saudade e pranto. Quando o coração teima visitar estas paragens, você é a grata lembrança, saudade que não passa. Pai, toda vez que a tristeza visita minha alma solitária percebendo o coração ilhado cercado de medo você é o porto e a razão para seguir a estrada entre os espinhos ocultos sob as máscaras do riso. A cadeira vazia faz companhia às paredes frias, tela imaginária onde o coração sua imagem projeta como que se quisesse povoar de ternura a vida dura. Momentos em que apenas o seu abraço bastaria para aplacar o tremor diante do rotineiro frio. Pai, tuas mãos levar-me-iam para as margens do rio sereno, distante da correnteza impiedosa do pranto. Silenciaria lamentos nas estáticas madrugadas, conduzir-me-ia até a luz ainda que no fim da estrada. Tanto precisaria ainda aprender contigo, não deu tempo. Este mesmo tempo nos subtraiu as possibilidades de convívio mais amiúde, este mesmo tempo que a cada dia acentua a sua falta. Pai, nas lembranças cravadas na alma ficaram oss Preciosos ensinamentos – amor ao próximo, simplicidade, honestidade, perdão e justiça. Hoje você hoje você é saudade sentida - mistura das imagens dos bons momentos, da felicidade nas pequeninas coisas, com a dor da separação. Você sempre foi pacato, simples, pacífico. Pai, penso que se visse esta mensagem diria... - Pare com isso Ana Maria, não precisa... . Em seguida continuaria a ouvir suas canções sertanejas - Belmonte e Amaraí, Tião Carreiro e Pardinho, Liu e Léo, Tonico e Tinoco, Trio Parada Dura, dentre tantos outros. Adorava ouvir com você nos poucos tempos e m que a vida permitia ficarmos juntos. Imagino ainda Pai que você abriria o mais bonito dos sorrisos se eu te perguntasse sobre as pescarias, os passarinhos, as plantas, os netos. Tomaríamos um café. Amanhã domingo te faria um almoço especial – peixe. Por falar nisso hoje pela manhã , enquanto caminhava dei uma passada na feira, tinha um monte deles – olhete, bom para fazer assado. O último que fiz para você... Saudades. São quase cinco da tarde deste sábado de agosto, dia que antecede a comemoração do Dia os Pais. Queria que os meus irmãos fossemcomigo visitar seu túmulo. Não consegui falar com a Olinda. O Odair veio me buscar para visitarmos a sua última morada terrena. Nas flores ( sempre amarelas, cor da alegria) e naprece silenciosa o carinho, a saudade imensa,o amor e a eterna gratidão.
Saudade eterna!
Sua filha, Ana Maria ( como você me chamava). Esta canção raiz que tanto você amava emoldura a emoção do momento. http://www.youtube.com/watch?v=F8SOVBGdOoI Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 11/08/2012
Alterado em 20/02/2013 |