Porto Da Saudade
Porque a dor dilacera o peito Quando a alma de teimosa No ontem vive atracada Perdida entre as ondas De saudade que assombra Lágrimas inundam sem pressa O cais do imaginário porto Molham sem pena a face cansada Perdida na divergência da estrada Povoada de portas cerradas Ácido silêncio a solidão revela Tinge de mágoas a fraca tela Emoldurada pela indiferença Subtrai do existir toda crença Apaga impiedosamente as velas Perda gradativa da esperança Indica da pobre ilusão a morte Assim perdidos sem rumo ou norte Desfilam os apáticos e longos dias Sob o agudo som da eterna agonia. Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 16/09/2012
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