Anjos da Madrugada Em meio ao cinza do mundo Perdidos os lentos segundos Nas solitárias madrugadas Manter a esperança é preciso Para não desmoronar o juízo Cintilam as estrelas cadentes No azul do infinito tapete Rebordando tantos mistérios Do luar a que o poeta inspira Amarga solidão que transpira Navegam assim muitos sonhos Em busca de um porto seguro Implorando a alforria do escuro Diante das lágrimas salgadas Que teimam encharcar a estrada Na efêmera passagem terrena Onde o pouco às vezes inexiste Existe a carência de abraços Caminho do rotineiro cansaço Plantando solidão nos espaços Lentos ciclos se transmutam Quando o amor pede passagem De mãos dadas com a ternura Desabrocham as brancas flores Cantam os pássaros multicores Madrugadas outrora tristonhas Vestem da felicidade o manto Sob o som dos clarins de anjos Que vindos com amor e magia Despertam na vida a alegria! (Ana Stoppa, 19.10.12) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 19/10/2012
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