O Sapo Silvino e a Rã Martinica Silvino o sapo, se achava o tal Na grande lagoa era o maioral Vivia alardeando a sua beleza A casa bonita, o ouro a riqueza Não dava bom dia nem pra cotia Banquete de insetos todos os dias Na casa de luxo, de amigos vazia Pensava assim, sentir a alegria A rã Martinica tentava ensinar Ao sapo Silvino a compartilhar O valor da paz e da amizade A prática contínua da bondade De nada valia os sábios conselhos Silvino se achava bonito no espelho Zombava de todos sem sentir pena Cego não via a sua alma pequena Até que um dia sob sol escaldante Assistiu a partida da rã Martinica Dizendo que iria para a Costa Rica Na companhia de Estrela, a cotia. Aos poucos os bichos se foram A água sumira até nas barragens Silvino se viu de repente sozinho Triste paisagem, escuro caminho. Sozinho na margem da triste lagoa Sentiu que assim a vida não é boa Chorou solitário diante do vazio Saltou apressado em busca do rio No fim da tarde ao ver a água farta Mudou de atitude, buscou amizades Fez-se gentil, mostrou simplicidade Aprendeu aos poucos sobre felicidade Ninguém será melhor que o outro Tampouco é capaz de viver sozinho Silvino aprendeu, em tempo a lição Hoje revela um imenso coração! ( Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 23/10/2012
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