Rede dos Sonhos
A Cantoria da passarada Orquestrada nas janelas Desperta sem dó a saudade De um tempo muito distante Quando a vida era bonita Nas alamedas da infância Estendo fios dos sonhos Nos varais da solidão Ressequido pelo pranto Preso aos desencantos Esticados sem piedade Distantes da felicidade Relembro a mesa farta As vozes se misturando Paz e alegria presentes As pessoas tão contentes Cerro os olhos marejados Nos braços da desilusão As brincadeiras de roda Os barquinhos de papel O mundo do faz de conta A brancura da inocência Carregada sem clemência Vidas que o mundo arrasta Com farrapos de alegria Desato nós da esperança Espero sem pressa a noite Leito dos sonhos perdidos Pranteio a dor das partidas Nas lembranças doloridas. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 02/11/2012
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