Olor de Sândalo
Fiz-me florida no rigor do inverno Doce borboleta no estreito do casulo Provei dolorosos espinhos precoces Trilhei íngremes vias, becos escuros Doce borboleta no estreito do casulo Paciente desvencilhei-me dos muros Ecos dos gritos no relicário das preces Fantasmas povoando todos os muros Provei dolorosos espinhos precoces Desprezei holofotes, ouro e posses Abracei a terra em tempos de guerra Colhi enfim o amor longe da quimera Trilhei íngremes vias, becos escuros Paciente desvencilhei-me dos muros Livre das amarras, pisei frescas heras Olor de sândalo, nasceu a primavera! (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 30/01/2013
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