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  Varais dos Enlutados
Minha alma na branca paz enternecida Desejou-te entregar a essência da vida Carinhos intensos de estrelas bordados Universo povoado de cânticos entoados Nas nuances do arco-Iris fez- se colorida Momentaneamente superou a dura lida Estendeu-te as mãos, coração acordado Singrou por ti mares jamais navegados Almejou entregar-te a primavera florida Infinitos abraços divorciados das partidas Sepultou o ontem na tumba do passado Fez-te Deus no ilusório mundo sonhado Pobre alma hoje suporta a dor das feridas Envolta na desilusão desfalece ressentida Pesadelos devoradores, insanos tornados Desejos estirados nos varais dos enlutados. (Ana Stoppa) Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 27/02/2013
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