Vestido de Purpurina
E a dor que alucina Se veste de purpurina Enxuga o fel do pranto Abraça as alegorias Esquece imenso cansaço A profunda nostalgia Da solidão desvelada Do viver por quase nada E por apenas três dias Experimenta o sorriso Na sinfonia de aplausos Nem se lembra que é Palhaço Do circo sem picadeiro Coberto de pobres lonas Na angústia que o consome Por não ser sequer um nome O abraço, a mão amiga... Apenas a impiedosa fome E o sal das mágoas contidas... Ana Stoppa Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 14/02/2015
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