Perdoe-nos Mãe Natureza
Mãe Natureza, perdoe-nos pelos homens inconscientes, em detrimento â destruição da humanidade praticam o desrespeito através de ações repudiantes - sufocam teus pulmões com pesticidas e agrotóxicos na ânsia de extraírem de seu seio mais do que o alimento, poluem as águas, destroem as nascentes, contaminam o ar, derrubam florestas, sacrificam os animais, prendem as aves, comercializam clandestinamente os pobres filhotes e desavergonhadamente sugam sua seiva sagrada, tornando suas entranhas outrora plena de vida completamente estéreis. Perdoe os humanos irracionais, gananciosos, ávidos pelo poder, loucos pelo ouro de tolo, semeadores de pranto e destruição ante a morte prematura dos indefesos animais e da vegetação por conta dos venenos que lançam em sua superfície, penetram suas camadas, invadem o leito dos rios, causam a mortandade de peixes, tartarugas, baleias, moluscos, conchas, cavalos marinhos, corais e muitas outras espécies, além da morte da vegetação aquática. Nosso Deus maravilhoso a fez tão formosa! Adornou-a de cascatas, verdes matas, insetos, aves canoras, pássaros multicores, pelicanos, garças, graciosos esquilos, joaninhas, grilos, suaves borboletas, andorinhas e as abelhas operárias incansáveis na produção do mel. Em ti o Senhor abrigou a fauna indescritivelmente encantadora, a flora abençoada que traz alegria, cores e perfume indistintamente para todos. O leito dos teus rios, assim como a profundeza dos oceanos povoou de peixes, cardumes sincronizados que bailam nas águas da esperança, hoje ameaçadas pela pesca proibida na época das piracemas e a retirada do alimento além do necessário, muitas vezes abandonando filhotes agonizantes nas margens. Perdoe Mãe Natureza, aqueles que despejam em suas santas águas esgotos, venenos, ácidos, resíduos mortíferos e assim obstruem suas entranhas causando-lhe imensa dor. Perdoe aqueles que lhes furtam o oxigênio essencial para as vidas que as águas abrigam, que impedem o curso das águas, que a destroem independente do grito de dor dos bons seres humanos. Suporte Mãe Natureza, as lágrimas desenfreadas quando presencias os homens que detém o poder, causar-lhes danos irreparáveis através da omissão, do descaso e da avareza. Pobres homens que cegos pela soberba não se dão conta que cavam a própria sepultura. E tu amada mãe continuas a levar as belezas de Deus por todos os cantos do planeta, tua flores desabrocham para ricos e pobres, para os bons e os maus. E o canto de seus pássaros enfeitam mansões e choupanas, castelos e cabanas com encantadoras sinfonias, vestindo as tardes de primavera de paz e alegria. Mas, graças a ação dos homens bons, gradativamente se percebe o despertar da consciência para a importância de respeitá-la, de cuidar de cada pedacinho do planeta para que todos possam viver em harmonia, de agradecer todas as benesses que Deus através de ti oferece para os seres humanos. Que todos despertem enquanto é tempo, que percebam o quanto Mãe Natureza tu és generosa, que possam enxergar nas tuas belezas o toque de Deus, a presença dos anjos, a divindade do belo. Mãe Natureza, mesmo com tantas injustiças tu, filha abençoada do Criador nos traz em cada amanhecer um espetáculo único através da ouro do rei sol, das nuvens desenhadas nos céus, dos cristais de orvalho que cintilam sobre as verdes folhas, na beleza do arco-íris, das vidas que nos ninhos se multiplicam, dos rosáceos flamingos que voam sincronizados refrescando-se em tuas águas, das flores preguiçosas, no murmúrio de tuas águas, no revoar de teus pássaros, nas fileiras de insetos que se abrigam na vegetação, no sorriso das crianças que aprendem desde cedo a dar-lhe o respeito, o amor e a proteção, na conscientização dos adultos que a livram da destruição para assim defenderem as próprias vidas. Bendita sejas tu, amada Mãe Natureza! Ana Stoppa, 07.04.15 Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 08/04/2015
Alterado em 08/04/2015 Copyright © 2015. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |