Divagações
Quanto espaço existe entre aquilo que sonhamos e o que a vida nos dá? Quanta coragem é preciso, para se perder o juízo em busca do insano desejo? Quanto tempo se espera para saber que quimeras fazem parte do passado e assim sem pedir licença, poder sonhar acordado? Quantos palavras esperamos para sentir a afeto, ou será que o silêncio abriga todos os versos, de um poeta enamorado a escrever para a lua? Quantos abraços perdidos à espera de outros braços para poder compartilharem a estrada, o amor, o cansaço? Sob a chuva da esperança e bom caminhar descalço, enfrentar com altivez todos tipos de percalços, até encontrar a razão para que a alma compreenda, que não se faz harmonia com remendos do passado. Quanto tempo ainda temos, para ser desperdiçado, com quem não vale a pena, para ser mal-empregado com quem se acomoda no ontem? Assim no pouco espaço, entre sonhos espaçados, por vezes criamos coragem, mudamos a paisagem, partimos em busca do novo. Assim esquecemos a mentira, os amores imaturos, perdemos medo do escuro porque descobrimos as estrelas. Aprendemos com o silêncio a buscar novos caminhos, deixamos de vez a mesmice, não é bom estar sozinho. Nos banhamos de esperança na chuva das emoções, buscamos a serenidade para todos os contratempos, e assim, devagarinho nesta vida que se esvai, descobrimos que a bondade, nos traz a felicidade, e que o maior dos amores, é saber se amar de verdade. Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 10/01/2017
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