Coração tristonho
De repente o coração Se sente só e tristonho Perdido, abandonado Pulsando na contramão. Às vezes a alegria Pede para a vida um tempo Diz sentir -se cansada De correr feito a enxurrada Em busca de um grande amor Há dias em que a esperança Precisa dormir mais cedo Dispensa a primavera Pressente o amor quimera Entrega-se ao inverno. Há momentos em que os sonhos Cansados de expectativas Em silêncio se debandam Sem rumo ou direção Vestem o manto da dor Seguem tal qual nômades Sem rumo ou direção De tanto se desfazerem Esquecem as portas fechadas Porque os dias os ensinaram A não esperarem mais nada. Ana Stoppa, 23.01.17 Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 23/01/2017
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