Realidade
Quando acabar a beleza, o orgulho e a realeza, Quando enferrujarem os trofeus e as medalhas,
Quando cessar a alegria e se instalar a tristeza,
Quando perecer por completo o ideal de vencer,
Restarão apenas as flores desbotadas do poder,
Em vasos rasos tais quais as indesviáveis covas,
Onde perece a arrogância e o brilho a toda prova.
Sobrarão os espinhos das intermináveis quimeras.
E do costumeiro tilintar dos cristais e das medalhas
Restará apenas o odor ocre da inevitável mortalha.
Ana Stoppa.
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 29/03/2017
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |