Arremedos
Quantas vezes me perdi de mim mesmo E insana caminhei sobre espinhos a esmo Desfiei o rosário dos sonhos desfigurados Me vi esquecido em becos abandonados. Quantas vezes naveguei no mar do amor Tola crença de ver distante a amarga dor Percorri a imensidão do infinito descalço Perdi a felicidade temendo mil percalços Quantas vezes vesti a túnica da confiança Por crer ser possível instantes de bonança Mas não tardou romper o palco da ilusão Provei tão somente arremedos de paixão. Perdi a conta dos momentos angustiantes Em que despertei de pesadelos delirantes Abraço no silêncio a solidão que se revela Nos dias aprisionados nesta tristonha tela. Ana Stoppa Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 21/04/2017
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