Fios da dor
É preciso acordar dos pesadelos Embalados em folhas de alegria Desistir de tentar mudar a rota Das imutáveis e surdas portas. Despreze migalhas de ternura Esparsos afetos amanhecidos Rejeite o silêncio inexplicável Descarte a pálida indiferença. Sonhos não morrem de repente Tampouco a menina esperança Porém é preciso se ter coragem Quando muda a tal da paisagem. Ainda que restem os fios da dor Ou resquícios de pobre bijuterias A verdadeira joia não se desfaz Basta acreditar no valor da paz. Ana Stoppa Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 08/05/2017
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